segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Como sempre, António Barreto chama a atenção para um tema crucial e de que muito pouca gente se lembra, evita mesmo, mas que no fundo todos sabemos quão existente é, cruel, doloroso e incomodativo, e que nos interessa apenas, isso sim, ignorar e assobiar para o ar, tão pouco fazemos do tanto e tão simples poderíamos fazer. Sabe do que fala, e sobretudo sabe do que é realmente imprescindível falar, do que é humano e essencial, remando contra a maré de comentadores e analistas de futilidades, fait-divers e banalidades.. A ler e reflectir.
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"Nas últimas décadas, ao mesmo tempo que os cuidados destinados às crianças e aos doentes não cessaram de aumentar, a marginalidade e a solidão dos idosos não parou de crescer. (...) Olhemos para eles, num jardim público, num supermercado, sozinhos ou aos pares, arrastando-se devagar. Por vezes, atrás dos filhos, com sinais no rosto de estarem “a ser passeados”, nem sempre com afecto e vontade suficientes. (...) O tratamento dos idosos é assim a mais séria e mais drástica prova que as sociedades enfrentam. A prova da sua humanidade."
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