Estou contente. Hoje tivemos uma (pelo menos, uma) boa notícia: A confirmação da candidatura de Pedro Santana Lopes à CM Lisboa (aqui). É um excelente candidato, e depois do retiro espiritual que fez, da reconversão e renascimento político, penso que tem tudo para ganhar. Acredito profundamente (não é ironia) que o Lopes vai novamente lá parar, estou certo. Numa cidade onde os musicais de La Féria são um assombroso sucesso, Pedro Santana Lopes será sempre um excelente candidato...
Acredito também que será este um primeiro impulso no grande objectivo do Lopes, e que estará atingido a breve prazo, e para meu derradeiro deleite, o de fundar um partido próprio. Não tardará, meus amigos, não tardará! Aguardem. Considero, aliás, que a coisa vai animar bastante. Manuel Monteiro abandonou o seu partido, o que leva à enorme probabilidade de fundar um novo, totalmente diferente, pelo menos no nome... Manuel Alegre está inevitavelmente a criar as bases para também ele dar corpo aos votos que congregou e afirmar-se como voz coerente e consistente à esquerda. Será óptimo para o país, um partido de Manuel Alegre, e ajudará muito a renovar o espírito bolorento que anda pelos principais partidos. É pena que o resto da esquerda, sobretudo o PCP não perceba o reforço do papel que poderia ter no país se aceitasse coligação com as outras forças e com Manuel Alegre. Uma esquerda unida e forte seria fundamental e muito útil, na pressão sobre as políticas actuais, e teria seguramente uma adesão sem precedentes. É no mínimo absurdo que PCP insista nesta posição de firmeza ridícula de não adaptação à realidade e não perceba que seriam os primeiros a beneficiar com uma candidatura conjunta. Quanto a Manuel Alegre, é o único que merece umas considerações actualmente. Admiro-o, votei nele para Presidente. Votaria novamente. Uma vez mais é ele a voz mais inconformada, o que resiste, o que diz não. É ele, curiosamente, o verdadeiro paradigma do que é ser oposição. O que chama para o essencial, alerta, critica, tem voto próprio, opiniões e posições, não joga pelo seguidismo em que se tornou o parlamento e a dupla PS/PSD, e ao mesmo tempo assume-se agora numa última convicção, a da renovação da democracia, da criação de novas formas de intervenção social e política, de apontar caminhos novos e trazer pluralidade como única forma de assegurar a manutenção de valores democráticos, de defendê-los, promovê-los e em simultâneo renová-los. E esta coragem é precisa, cada vez mais, contra o vazio de ideias, de príncipios, de escrúpulos em que se tornaram os partidos principais (PS e PSD), enormes sistemas e máquinas de amiguismo, compadrio e jogos de interesses, que os representam apenas a eles mesmos e aos lobbies que favorecem. E agora, nem poderemos mais utilizar o belo argumento de que nunca assumiu, nunca passou de ideias, utopias e frases poéticas. O seu papel é e será crucial nos tempos próximos, não tenho dúvidas. Ainda assim, não hesito. Desta vez, votarei no Lopes, pelo PJNVF "Partido que Já Não Vai a Festas". A bem do nosso país...
1 comentário:
Eu não sei como ainda não tás a trabalhar no público ou no Expresso!(Tou a falar a sério)
Olha e se tirasses um curso de jornalismo?! É a tua vocação!
Abraço primaço!
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