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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Capicua "Casa no Campo"

Capicua, "Casa no Campo"

... de Elis Regina aos livros da Anita, um caso sério da nossa música nortenha.

http://www.capicua.pt/

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Time for T., às cinco e a qualquer hora do dia...

Os Time for T. são uma banda com génese em Brighton (UK) com mão e alma portuguesa, e uma onda encantadora e um "bom feeling". 

"Phone Sex" é a faixa que me captou a atenção, retirada do EP Dream Bug, num folk descontraído mas marcante (se não soubesse, como aqueles jurados do The Voice, diria que é Devendra Banhart, e enganava-me...) com um som muito interessante e que muito me agrada, algures entre o tal Devendra e qualquer pitada vintage de Beach Boys ou Supertramp. 

Seja como for: entusiasmo, celebração, colorido que tanto precisamos.

Estão em Portugal para uma pequena tour, a começar hoje no Porto, e amanhã (10/04) passam por Coimbra no incontornável Salão Brazil e valerá de certeza a comparência a quem possa.

...Well I don't like Phone Sex 
but if we're on Skype I don't mind, 
seeing a nipple or two...

http://timefortmusic.com/
https://www.facebook.com/timefort

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Um Adeus Português a Fernando Tordo...

Um dos nossos mais recentes emigrantes, Fernando Tordo vai para o Brasil em busca de uma vida com oportunidades, com possibilidades, enfim com futuro. Aos 65 anos, como diz o filho, sozinho e de guitarra na mão, é obra. 

Dá-me uns ares de tragédia, e é mais uma triste inevitabilidade como tantas outras infelicidades do país em que vivemos. Mas de facto trágico seria não termos tido e não continuarmos a ter Fernando Tordo, na sua genialidade artística e dignidade enquanto artista, na sua rectidão e pertinência enquanto português. E não termos o tanto que nos deu, enquanto povo, de cultura e ar fresco em momentos de escuridão, e não se esqueça também isso: que este homem imprimiu bem fundo no ADN português, coisas como a liberdade, o pensamento crítico, a coragem de espírito livre, e que essa é uma herança que não se apagará. E que é bom nunca esquecer. 
E se este país o sufoca, o mirra como a tantos outros, então só ganharemos com a sua partida, porque teremos o que precisamos (e talvez até nem o mereçamos), de mais, de muito mais Fernando Tordo. 
dizia que o país lhe morria
porque fugia do que lhe doía
matando-o por dentro
Fernando Tordo

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Programa "NOVOS AUTORES" Domingo à 1h na RTP2

O programa "NOVOS AUTORES" da Sociedade Autores é do melhor que se faz actualmente na televisão portuguesa. Como de costume, transmitido na RTP2 ao Domingo a partir da 1h da madrugada (a horas impróprias... merecia muito melhor) e em parceria com a Antena3 (que o transmite também ao Domingo às 10h da manhã).

Moderado pelo enciclopédico Henrique Amaro e pelo Luís Oliveira, ambos "antena3istas", de modo impecável e inteligente, que vão pontuando as conversas sempre com pertinência e tacto, com conhecimento sólido e profundo das matérias, deixando fluir naturalmente os temas e reflexões dos intervenientes: sempre dois autores da música actual e contemporânea, de diferentes áreas e abordagens à arte.

O facto de recorrer exclusivamente a músicos (cantores, compositores) portugueses da actualidade (diria da vanguarda contemporânea), torna a coisa muito interessante, e tem dado um retrato pessoal muito íntimo de todos eles, tem feito perceber os mecanismos da sua criação, da sua obra, da sua forma de pensar e estar na arte e na vida, e trazido intersecções e interacções muito conseguidas entre os dois convidados. 

Uma abordagem nova, fresca e "cheia de sumo" que é óptima de acompanhar, de artistas e pessoas que tenho como grandes referências da nossa música actual (de Samuel Úria, a Jorge Cruz, Sam The Kid a Márcia, Pedro Silva Martins - Deolinda a Tó Trips, enfim...) e que fazem um retrato fiel dos artistas enquanto jovens, e dão conta da diversidade e óptimo momento criativo que atravessa a música portuguesa, como ar fresco e sadio que tanto precisamos nos tempos que correm.

Todos os episódios disponíveis no RTP Play, aqui:

Estado da arte do programa 
Numa iniciativa conjunta entre a RTP2, a Antena 3 e a Sociedade Portuguesa de Autores resulta o programa NOVOS AUTORES, uma série de 12 programas que se traduz num ciclo de conversas que se desdobram num programa de rádio e de televisão. Cada sessão tem a duração de uma hora e é preenchida por uma conversa com dois novos autores, que serão entrevistados por Henrique Amaro e Luís Oliveira.
Autores relacionados com a música portuguesa são convidados a expressar as suas ideias em variados temas, a mostrar a sua atividade, a sua visão do país e do mundo, as suas expectativas e frustrações. O carácter inovador desta parceria e do seu conteúdo tem como objetivo estimular e perceber a música portuguesa como um conceito plural, com várias pistas a seguir e com uma produção que atravessa vários géneros nestes encontros entre criadores e público. Também fica favorecida a contribuição para a divulgação de novos autores e das suas obras numa perspetiva diferente da habitual, ou seja, não se limitando a apresentar apenas os trabalhos mais recentes, mas dando destaque ao processo de criação autoral considerando que os novos tempos oferecem práticas diferentes e cada músico interpreta essas novas ferramentas de modo particular.
Gravações no Auditório Frederico de Freitas da SPA

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O fenómeno das versões cool (fixes) de hits pop mais menos bregas (foleiros) ou o Lado B da Bida e da música

Lembro-me de ver aparecer há uns largos anos na Mtv ou seria no VH1? (1999 mais propriamente, quando a Mtv ainda era um canal de música...),

esta versão incrível pelos Travis do "Baby One More Time" primeiro grande hit da lendária Britney Spears saído nesse ano, e aquilo parecer-me genial pela roupagem dada a uma música pop banal, mas que trazia alguma novidade na ironia ou paródia subjacente à atitude. De qualquer forma, a versão era acústica e até hoje a acho brilhante.

Assim mais antigas, lembro-me por exemplo dos Cake com o "I Will Survive" de Glorya Gainor ou David Byrne com "I Wanna Dance with Somebody" da Whitney Houston.
Neste momento, percebo um certo "movimento" de coisas deste tipo a espalharem-se, com vários artistas ou bandas a trazerem covers muito próprias de músicas ou outros artistas ditos pops (eu lhes chamaria brega pop, ou pop foleiro) que estão nos antípodas do que eles mesmos fazem e produzem. Não sei o nome, ou se já tem até epíteto específico, mas se alguém souber que se pronuncie.

E devo dizer que tenho um especial interesse por isto, e é curioso ver surgir este fenómeno, e me dá um gozo muito particular ver músicas trabalhadas por esses artistas e gosto muito de as ouvir, e levanta-me várias questões: será que as músicas serão realmente interessantes, e é a forma como originalmente se apresentam que não agrada, ou há sempre um preconceito associado? Ou é apenas pela piada, pela surpresa, pelo incomum? Ou será ainda que de facto essas versões melhoram o original, ou a roupagem dada nos soa melhor e nos identificamos mais com ela? 

De facto sempre gostei disto, tendo até criado uma tag aqui no blog dos Lados B, e hoje verifico que são infinitas as possibilidades, com autênticas pérolas, desde Jamie Cullum com esta versão de "Don't Stop the music" da Rihanna ou a Yael Naim com este "Toxic" da Britney Spears (com a nossa Luísa Sobral também a apostar numa versão jazzística ao vivo do tema com direito a efeitos especiais e tudo - aqui)

Por cá, também temos outras verdadeiras maravilhas, com o David Fonseca e a mítica versão em inglês no Gato Fedorento do "Afinal havia outra" de Mónica Sintra. Se bem me lembro, este programa teve aliás uma série de "lados B" de outros artistas portugueses, desde Clã a Blind Zero. David Fonseca costuma até fazer umas brincadeiras em concerto, como esta versão de "Umbrella".

Depois temos a magnífica, deslumbrante versão da "Quinta Sinfonia" de Paco Bandeira pelo grande Samuel Úria, e enfim, a lista nacional e internacional poderia continuar quase infinitamente, e na minha opinião, com forte tendência a aumentar, o que em si, não é bom nem mau, apenas diferente...

domingo, 22 de dezembro de 2013

O "Lenço Enxuto" de Samuel Úria ou a grande poesia do pequeno mundo...

Encantador e impressionante, é incrível a beleza desta canção e deste poema. Sem palavras.
Do disco "O Grande Medo do Pequeno Mundo" Flor Caveira.


Lenço Enxuto (Samuel Úria)

Empresta-me os teus olhos uma vez
Que os meus não são de gente, apenas rapaz.
É só o tempo de me aperceber
Da visão que se turva para ser de mulher.

Empresta-me uma chávena de sal
E mostra-me a receita do caldo lacrimal.
É só o tempo de te convencer
Que nem precipitado consigo chover. 

Não é um adágio que nos persegue,
Que um homem só não chora porque não consegue.

Empresta-me esse efeminado luto;
Ser masculino é ter-se o lenço enxuto.
É só o tempo de me maquilhar
De pranto transparente (a cor de mulher).

Não nasci pedra, nasci rapaz
Que um homem só não chora por não ser capaz.

Os homens fazem fogo, com dois paus eles fazem fogo.
Por troca ensino-te a queimar.

Tu és corrente e eu finjo mar
Que um homem, para que chore, não pode chorar.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

tiradas de música

... Tu tens fortuna e eu não 
Podes comer salmão e eu só peixe miúdo 
Mas temos em comum o facto de ambos vermos 
A vida por um canudo 
Invertemos a ordem dos factores 
Pusemos números à frente de amores 
E vemos sempre a preto e branco o programa 

Que afinal é a cores.

Jorge Palma, 1982

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Gobi Bear, ou o ursinho português.

Gobi Bear, o ursinho que vem de Guimarães, é um projecto de banda de um homem só (ou de um só homem? qualquer coisa assim...) do jovem vimaranense Diogo Alves Pinto. 
Com passagem por Coimbra, onde gravou as primeiras demos, lançou neste mês de Novembro o seu primeiro álbum: Inorganic Heartbeats & Bad Decisions pela Murmürio Records, editora independente de Coimbra, vejam bem!

Com influências assumidas e perceptíveis de Eels, Bon Iver a José Mário Branco ou Sérgio Godinho, apresenta uma sonoridade limpa que nos transporta para ambientes macios, nuvens de algodão doce ou insufláveis aconchegantes, piscinas com ursinhos de peluche, não sei se me faço entender. Enfim, universos quentes e fofos, mas nunca entediantes, antes complexos e depurados, belos e tocantes.  
Mais um projecto muito interessante e a acompanhar com atenção, com muita qualidade e potencial para crescer e expandir horizontes, este ursinho merece destaque e amigos... 
Entrevista aqui
Site aqui (onde se pode comprar o álbum em formato digital ou em cd)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Cristina Branco e a Branca Aurora

A Gisela João veste como a Björk, mas a Cristina Branco canta que até dói. 
É o que eu acho.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

"A Case of you - Lado B


Mais um Lado B, mas este em bom. Versão incrível de Ana Moura no seu disco mais recente "Desfado". Impressionante.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tasca Beat, OQUESTRADA


O disco "Tasca Beat" dos OQUESTRADA, o segredo mais bem guardado de Portugal. Uma banda que tem andado por aí, há vários anos, entre salas de Paris e ruas lisboetas, decide agora gravar um disco. Um disco formidável, boa onda, com uma musicalidade curiosa e muito própria. Uma música onde tudo se mistura, tudo se encontra, com toques de Kusturica a Alfredo Marceneiro. Um acordeão desgarrado, uma guitarra portuguesa numa nova perspectiva e modo de tocar, uma "contrabacia", uma voz cativante. Até uma versão genial do "Killing me Softly" dos Fugees, em jeito de Yann Tiersen. Um disco altamente recomendado, a preço de amigo, que é sobretudo um exercício de profunda liberdade cultural e artística.

site aqui
a fotografia é do magnífico Rui Palha 

sábado, 2 de maio de 2009

GAITEIROS DE LISBOA

Fomos à Oficina Municipal de Teatro vêr os GAITEIROS! Os GAITEIROS DE LISBOA deram um concerto magnífico. É impressionante a qualidade deste grupo, e estúpido só agora os ter visto ao vivo e percebido isto mesmo. Músicos de um nível de execução brilhante, exímios e multifacetados, foram tocando os mais diversos instrumentos (muitos criados pelos próprios) e cantando em coros belíssimos e perfeitos num concerto único. Dá gosto ter em Portugal um grupo deste nível e aconselho vivamente que os vejam assim que tiverem essa possibilidade. Não ficarão indiferentes nem desapontados...

Site do grupo com informações, agenda e vídeos: http://www.gaiteirosdelisboa.com/

Já agora, em relação à OMT devo dizer que está muito bem. O Teatrão tomou conta e nota-se uma alma diferente, um espírito confortável e renovado naquele espaço... O café-concerto está lindo e muito acolhedor. A visitar muitas vezes no futuro.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mísia e fado cruzado

E se a MÍSIA gravasse uma versão de Love Will Tear Us Apart dos Joy Divison?! Não é possível, pois não?? Mas aqui está. Sairá no novo disco duplo "Ruas". E não, não é a Maria Callas, é mesmo a Mísia...

SOLO de António Pinho Vargas

O mais recente disco que anda comigo, SOLO de ANTÓNIO PINHO VARGAS. É simplesmente fabuloso. Um disco verdadeiramente a solos de piano, repleto de emoções e que nos transporta para sítios bonitos e sonhantes, fora da realidade mais monótona e banal. Composições de uma grande densidade, com uma beleza desconcertante, e uma alma muito própria e resplandecente, e chega de tanto "ente e ante".... Com nomes que vão de "Dança dos Pássaros" a "Casa de Granito No Minho" ou mesmo simplesmente "Tom Waits", este é um grande grande disco, de um grande grande senhor e que devem ouvir. Dificilmente sairá da minha companhia.

Aqui têm o site do senhor, muito completo e até com registos de música em mp3. Também há vídeos no youtube, claro!