Muito se tem falado de medo, a propósito das polémicas dentro do partido actualmente no Governo, medo de falar, medo de ter opinião própria, medo da máquina aparelhista, etc. Os meninos que se entretenham a discutir palermices, mas MEDO, medo sério e que me preocupa verdadeiramente é este. O medo de 18669 seres que precisaram (ou melhor, conseguiram) recorrer à APAV em 2008, em Portugal. O número impressiona, e não devemos cair no erro de tentar diminuir o seu significado e peso, como tenho ouvido, argumentando que a diferença é, não o aumento de casos, mas a percentagem da sua denúncia pública. Pode até ser verdade. No entanto não devemos, não podemos desprezar esta realidade. Um outro estudo recente mostrava também um aumento e uma certa "banalização" de violência e maus tratos entre jovens casais de namorados desde a adolescência, e também o registo de preocupantes casos de violência sobre idosos, sobretudo pelos próprios filhos. Há necessidade de analisar, discutir e combater sériamente estas questões, e reflectir num plano concreto e eficaz para prevenir esta triste realidade, que até pelos cambaleios económicos da nossa sociedade que se avizinham terá de ser necessariamente tida em conta. É com este tipo de MEDO que nos devemos preocupar.
Para além disso, é bom perceber (como eu...) que talvez nunca tenhamos acedido ao site da APAV. É magnífico e útil, tem tudo, tudo sobre o tema.
Nunca é demais lembrar a linha de denúncia da APAV: 707 2000 77 ou apav.sede@apav.pt
Ou até a possibilidade de denúncia electrónica directamente no site https://queixaselectronicas.mai.gov.pt/ do Governo.
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