Salgam-me os pés de estar vivo, nessa frieza rude de lastro
sob essa água que me leva o galope em raios de sol
até tílias abandonadas.
É nas suas folhas graves e caídas
que me sinto eu.
É nesta infusão de clorofila, sal e quietude
que me mergulho,
até me diluir durante cinco perfeitos minutos
em águas que não são minhas.
E sirvo-me bem frio e salgado a quem quiser.
4 comentários:
interessante...
não sei bem definir as diferentes nuances q esta leitura me provoca.
talvez lembranças,talvez uma estranha projecção no que dizes.
além disso,a ideia de te servires a quem quiser não deixa de ser apelativa.
pareces-me o tremoço e a azeitona, é o que é. na minha linguagem terra-a-terra
;) tá bem visto.. Beijinho
É muito fresco... leve... verde!!! Tão natural como tu, por isso a tua imagem, servida em poesia! Adorei!
Beijinhos saudosos! Luísa
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