segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Salgam-me os pés de estar vivo, nessa frieza rude de lastro
sob essa água que me leva o galope em raios de sol
até tílias abandonadas.
É nas suas folhas graves e caídas
que me sinto eu.
É nesta infusão de clorofila, sal e quietude
que me mergulho,
até me diluir durante cinco perfeitos minutos
em águas que não são minhas.
E sirvo-me bem frio e salgado a quem quiser.

4 comentários:

Anónimo disse...

interessante...
não sei bem definir as diferentes nuances q esta leitura me provoca.
talvez lembranças,talvez uma estranha projecção no que dizes.
além disso,a ideia de te servires a quem quiser não deixa de ser apelativa.

ana disse...

pareces-me o tremoço e a azeitona, é o que é. na minha linguagem terra-a-terra

Unknown disse...

;) tá bem visto.. Beijinho

Anónimo disse...

É muito fresco... leve... verde!!! Tão natural como tu, por isso a tua imagem, servida em poesia! Adorei!
Beijinhos saudosos! Luísa