sábado, 11 de outubro de 2008

Poema da Aletria

É assim o poema
da aletria.
Amarelos fios
emaranhados
num prato redondo
e branco.
Quatro riscos
poeirentos
de canela
atravessando
o amarelo.
Quanto ao cheiro
e ao sabor,
lamento mas
não ficarão
no poema.
Não cabem em
nenhum verso.
É pena. Mas
falem com as
vossas avós...
Elas saberão
sempre completar
o poema da aletria.

2 comentários:

Gil disse...

Como as minhas raízes são lisboetas e africanas (apesar do meu semblante ariano e malcriadez nortenha), não tenho poemas de aletria lá por casa. É mais de arroz doce, sonhos, filhoses e de vez em quando, tapioca.

Unknown disse...

Meu caro, essa lista exaustiva e deliciosa da mais bela gastronomia delicodoce nacional está bastante razoável... Sobretudo a tapioca.. Sonhos também fazem sempre falta! Mas há que admitir, nada bate uma bela malcriadez nortenha.. és deveras o mais aproximado que conheço do que designam de "Paradoxo Humano", ou mesmo "que grãnde mistela aí bai, caralho!!" Abraço de saudades ;)